Neomercantilismo

Neomercantilismo, também chamado de nacional-desenvolvimentismo, refere-se a um regime de política econômica que incentiva as exportações, desencoraja as importações, controla o movimento de capitais e centraliza as decisões monetárias nas mãos de uma autoridade central. O objetivo das políticas neomercantilistas é aumentar o nível das divisas mantidas pelo Estado, permitindo uma política monetária e uma política fiscal mais eficaz. O neomercantilismo emergiu no final do século XVIII, e suas principais são Alexander Hamilton (1755-1804) e Friedrich List (1789-1846).[1]

Acredita-se geralmente que essas políticas viriam às custas de padrões de vida mais baixos do que uma economia aberta produziria ao mesmo tempo, mas ofereceriam ao governo grande autonomia e controle. Os Estados Unidos são descritos como neomercantilistas. Chama-se "neo" em razão da mudança na ênfase do mercantilismo clássico, no desenvolvimento militar, para o desenvolvimento econômico, e da aceitação da determinação de preços internos pelo mercado, em maior medida do que ocorria no mercantilismo clássico.

Suas recomendações políticas algumas vezes ecoam o mercantilismo do início da Idade Moderna. Estas são, geralmente, medidas protecionistas, na forma de altas tarifas alfandegárias e outras restrições à importação, para proteger a indústria doméstica, combinadas com intervenção governamental para promover o crescimento industrial. Em seu nível mais simples, o neomercantilismo propõe que a independência econômica e a autossuficiência são objetivos legítimos a serem perseguidos por uma nação, e que os sistemas de proteção são justificados para permitir à nação desenvolver sua infraestrutura industrial e comercial, até que ela possa competir em igualdade de condições no comércio internacional. Em termos macroeconômicos, o neomercantilismo enfatiza uma moeda estável e autonomia no tocante à política monetária e à mobilidade de capitais.

  1. Novo Desenvolvimentismo e Liberalismo Enraizado. Por Reinaldo Gonçalves. Serviço Social & Sociedade, São Paulo, nº 112, p. 637-671, out.- dez. de 2012

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